Recordemos Lisboa, Crónica Anedótica, um Marco na História do Cinema Português

E que tal recuarmos algumas décadas na história da cultura portuguesa? A viagem será longa, visto que o tópico que queremos abordar impactou Portugal há quase 90 anos, em 1930. No dia 1 de abril, estreava na capital, nos teatros São Luiz e Tivoli, o filme Lisboa, Crónica Anedótica, do icónico cineasta Leitão de Barros.

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Na sua arte, Leitão de Barros sempre pautou por exaltar os valores de Portugal com recurso ao seu forte sentido estético. Conseguia assim mostrar a beleza do país, do povo e da terra. A linguagem dos seus trabalhos era apelativa e o seu sentido de humor era realmente apurado.

Tudo isto ficou bem evidente na obra Lisboa, Crónica Anedótica, considerada por muitos como o retrato mais autêntico da capital lusa na história do cinema português.

O elenco de luxo conta com os maiores nomes da representação nacional, incluindo Beatriz Costa, Nascimento Fernandes, Vasco Santana e muitíssimos outros atores de excelência.

A história e as personagens oferecem ao espectador uma intrigante fusão entre realidade e ficção, documentário e paródia. À época, Lisboa, Crónica Anedótica foi nada menos do que um verdadeiro exemplo de inovação, repleto de técnicas, temáticas e ideias que só após a Segunda Guerra Mundial começariam a ser amplamente exploradas noutros países.

O ritmo do filme é animado e as imagens do país são comparáveis a poesia. O que parecia ter a intenção de ser apenas um documentário foi elevado ao patamar de uma das melhores peças da história do cinema português.

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O sentimento que Lisboa, Crónica Anedótica produz no espectador é de nostalgia, algo simples, mas poderoso. Lisboa é apresentada como uma cidade alegre, viva e genuína. O filme prova que a identidade nacional e a influência dos tempos serão sempre fenómenos compatíveis.

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